segunda-feira, 28 de maio de 2012

O VELHO CHICO



 Exposição retrata diversidade sociocultural do Rio São Francisco

Exposição, que conta com 40 imagens, é exibida no Aquário da Bacia do Rio São Francisco na Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte


Os personagens, a paisagem e a história que acompanham o curso d’água do “Velho Chico” ao longo de cinco Estados brasileiros. Esses são os temas das 40 imagens que compõem a exposição “Viagem pelo Rio São Francisco”, à mostra no Aquário da Bacia do Rio São Francisco de 29 de maio a 24 de junho, com visitação, de terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h. As fotos foram captadas pelo fotógrafo franco-brasileiro Alain Dhomé em viagens feitas pelos percursos do rio, de 1999 a 2003, e que se estenderam por Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

O objetivo da exposição —que já passou por Brasília, França e Colômbia— é mostrar a riqueza natural e cultural que surge a partir desse importante curso d’água e fazer um apelo para a conservação de um dos maiores símbolos do Brasil. As fotos, no formato 60cm x 90cm, mostram o caminho que o descobridor daquelas águas exuberantes, o navegador italiano Américo Vespúcio, não fez, da foz, na fronteira de Alagoas com Sergipe, até a nascente na Serra da Canastra, em Minas Gerais.

“O povo brasileiro precisa conhecer melhor uma de suas maiores riquezas: o Rio São Francisco, considerado a coluna vertebral da conquista do território nacional. A exposição é uma homenagem ao povo ribeirinho, que tanto ama o Velho Chico e serve como um grande instrumento de educação e preservação do rio”, afirma Dhomé. Ele explica que, além da exposição, as viagens resultaram em catálogo fotográfico, com patrocínio da Copasa e apoio da Belotur, Fundação Zoo-Botânica e Prefeitura de Belo Horizonte. Um livro sobre o Velho Chico, com os maiores estudiosos sobre o assunto, doutores das melhores universidades brasileiras, está sendo produzido.




Serviço
Exposição Fotográfica “Viagem pelo Rio São Francisco”, de Alain Dhomé
Data: 29 de maio a 24 de junho
Horário: De terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h
Local: Aquário da Bacia do Rio São Francisco / Fundação Zoo-Botânica (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8000 – Pampulha - Belo Horizonte/MG)
Entrada para a exposição: gratuita
Entrada para o Aquário: R$ 5 por pessoa (gratuita para crianças com até 7 anos de idade, maiores de 60 anos, estudantes de escolas públicas e entidades filantrópicas).



IMENSO PORTUGAL – PORTO COVO



            Lisboa dispensa comentários e é nossa parada obrigatória sempre que vamos à Europa. Afinal, viajando de TAP, que concede um stop gratuito na ida ou na volta, ficou muito mais fácil. O passageiro pode ir para Lisboa ou Porto, sem alteração no preço da passagem, mas a parada em Lisboa é obrigatória, por causa da alfândega.
            Ano passado, queredo explorar um pouco mais o país, fomos parar na litorânea Porto Covo, atendendo sugestão de um gentil dono de restaurante em Belém, Lisboa. Simples: 3 horas de trem para a região do Algarve, um dos principais destinos de férias dos portugueses. Fomos de mala e cuia (menos mala e mais cuia, já que deixamos parted a bagagem no hotel de Lisboa).
            A decepção foi enorme quando chegamos. O ponto do ônibus é num lugar onde há nada. Caminhamos um pouco até o único hotel da cidade, pensando seriamente que era furada e que deveríamos sair logo logo dali. Mas bastou um pouco de paciência e caminhar para o outro lado para descobrir que, ali, é um lugar ma-ra-vi-lho-so. É uma Minas Gerais com mar, com todos os casarões históricos com paredes pintadas de branco e janelas de azuis. É realmente Minas Geras!
A poucos metros da parada de ônibus, estão concentrados bares, restaurantes e todos as opções de estadia. O forte da cidade são os aluguéis de casas e apartamentos megaconfortáveis e bem mais barato que o hotel.
A região tem praias lindíssimas fáceis de chegar. O mar é de um azul explêndido, mas gelado. Por todos os lados, gente boníssima e simpática. Assim como em Lisboa, impossível não comer bem – os camarões são um espetáculo à parte. 

PROVENCE



            Entre lavandas e olivas, lá está Aix-En-Provence, no Sul da França. É outro lugar do qual dá vontade de nunca mais sair. No verão, é quente! De trem, são 3 horas a partir de Paris. No Centro, a história marca presença na arquitetura e nas tradições comerciais. As feiras são referência e vendem de frutas e verduras (morangos e cerejas de um doce e uma cor jamais vistos), passando pelo são de Marselha, até os temperos famosos da região (ervas finas e erva de Provence) que, na comida, fazem a diferença. É preciso ficar atento, pois os preços podem ser superiores aos de Paris.
            Não tem como não se encantar pela beleza da região, mais ainda quando se conhece Egüille, uma cidadezinha localizada a 20 minutos de carro do Centro de Aix. Ela foi construída no alto da colina, de onde é possível avistar os campos vastos e montanhas. Por todo o lado, nas ruas mesmo, as lavandas dão um colorido maravilhoso e deixam o olfato impregnado do doce aroma. A traquilidade é outro fator que chama a atenção: longe do centro comercial e turístico de Aix, ir à padaria ou às cooperativas para saborear os produtos típicos da região fica muito mais agradável.

BRETANHA



Depois de muito tempo sem escrever, volto com mais notícias sobre as belezas mundo afora!

Nem mesmo os olhares mais insensíveis seriam capazes de não se deixar levar por aqueles cenários… As paisagens mais parecem pinturas e, em vários momentos, a impressão é de se estar dentro de um quadro ou de um filme de composição impecável, dada a  intensidade da luz natural e do jogo de cores. A Bretanha, na porção Oeste da França, é assim: enche de orgulho seus moradores e marca as lembranças de quem a visita. Nuances e tons inigualáveis se juntam a histórias, sabores e tradições que fazem da cultura bretã um rico legado e põem a região no roteiro obrigatório de quem pretende explorar as maravilhas do território francês.
Saindo de Paris, são duas horas de trem até Rennes, a capital da Bretanha e maior cidade da região. É de lá que é feita a baldeação, de trem ou de ônibus, para as cidadezinhas do entorno, em viagens que podem passar de três horas, dependendo do destino.  Num mesmo dia, é possível visitar vários locais, famosos pelos crepes doces e salgados e os frutos do mar. Dependendo da disposição, é possível ir de um vilarejo a outro de bicicleta, o que torna a viagem ainda mais econômica e agradável.
Na região do Finistério, uma das joias é Port-Manech, um vilarejo com 50 habitantes fixos. Dois pontos são atração: a praia e o porto. A praia é uma pequena extensão de areia branca, com uma água de um azul comparável apenas ao do Mediterrâneo ou do Caribe. Mas um detalhe desagrada o gosto tropical: a temperatura da água é muito baixa e, em pleno verão, pode chegar, em caráter excepcional, aos 20 graus. Na primavera, mesmo estando em 12 graus houve quem se arriscou a um banho de mar, como o companheiro deste blog. Para quem nasceu e cresceu em águas geladas, tudo é natural.
As famílias com casas na cidade têm cabines na praia: pode-se deixar toalhas, protetor solar e todo o aparato dentro delas. E o mais impressionante para quem é brasileiro: ninguém rouba. No outro ponto mais frequentado, o porto, é um entre e sai de barcos a motor e à vela.
Outro bom programa é fazer uma caminhada pela Côte Sauvage (a costa selvagem, em português). São trilhas nos rochedos que margeiam o mar, num cenário de exuberância plena. No caminho, damos de cara ainda com o Dedo de Deus, uma pedra que parece indicar que aquele paraíso é mesmo obra divina.


https://picasaweb.google.com/alain7dhome/Bretanha

CIDADE FORTIFICADA A próxima parada, a 20 minutos de carro, é Concarneau, uma cidade marítima de aproximadamente 20 mil habitantes. A Ville close, a cidade fechada – um antigo forte, é hoje povoado de cafés, restaurantes e lojas que vendem produtos típicos.
De Concarneau para Pont-Aven, famosa pelas galerias de pintura e escolas de arte e também pelos crepes extraordinários e biscoitos caseiros. A arquitetura secular, lagos e jardins dão a ideia da hospitalidade da Bretanha. De dia ou de noite, o charme da cidade conquista pelo bom gosto e aconchego.
Se a vontade é comer frutos do mar, a parada obrigatória é Riec sur Belon, cidade cortada pelo Rio Belon e muita famosa na França pelas ostras enormes. Muitos restaurantes têm criatórios de ostras no próprio estabelecimento, sendo possível comê-las fresquinhas e a um preço bem acessível.
ATÉ O ASTERIX Depois de comer tanto, por que não dar uma volta pelo mundo dos quadrinhos? Pelo menos é assim que todos se sentem ao chegar à vila de chaumière (casas típicas feitas de colmo, na tradução em português), mais conhecida como a “aldeia do Asterix”, localizada a cerca de 6 quilômetros de Port-Manech.
Imperdível ainda é o pôr-do-sol, em qualquer um desses lugares. De Kerdruc é possível ver os últimos raios de sol iluminando o outro lado do Rio Aven, no porto do vilarejo de Rosbras. Ou ainda, curtir as últimas luzes do sol sentado nas areias da praia de Port-Manech, em frente ao antigo casarão que será um hotel, apreciando o azul inigualável do mar, um tom dourado indescritível refletido nas rochas e um grupo de amigos que chega num bote, munidos de champagne para brindar o aniversário de alguém que está em terra firme.