segunda-feira, 28 de maio de 2012

BRETANHA



Depois de muito tempo sem escrever, volto com mais notícias sobre as belezas mundo afora!

Nem mesmo os olhares mais insensíveis seriam capazes de não se deixar levar por aqueles cenários… As paisagens mais parecem pinturas e, em vários momentos, a impressão é de se estar dentro de um quadro ou de um filme de composição impecável, dada a  intensidade da luz natural e do jogo de cores. A Bretanha, na porção Oeste da França, é assim: enche de orgulho seus moradores e marca as lembranças de quem a visita. Nuances e tons inigualáveis se juntam a histórias, sabores e tradições que fazem da cultura bretã um rico legado e põem a região no roteiro obrigatório de quem pretende explorar as maravilhas do território francês.
Saindo de Paris, são duas horas de trem até Rennes, a capital da Bretanha e maior cidade da região. É de lá que é feita a baldeação, de trem ou de ônibus, para as cidadezinhas do entorno, em viagens que podem passar de três horas, dependendo do destino.  Num mesmo dia, é possível visitar vários locais, famosos pelos crepes doces e salgados e os frutos do mar. Dependendo da disposição, é possível ir de um vilarejo a outro de bicicleta, o que torna a viagem ainda mais econômica e agradável.
Na região do Finistério, uma das joias é Port-Manech, um vilarejo com 50 habitantes fixos. Dois pontos são atração: a praia e o porto. A praia é uma pequena extensão de areia branca, com uma água de um azul comparável apenas ao do Mediterrâneo ou do Caribe. Mas um detalhe desagrada o gosto tropical: a temperatura da água é muito baixa e, em pleno verão, pode chegar, em caráter excepcional, aos 20 graus. Na primavera, mesmo estando em 12 graus houve quem se arriscou a um banho de mar, como o companheiro deste blog. Para quem nasceu e cresceu em águas geladas, tudo é natural.
As famílias com casas na cidade têm cabines na praia: pode-se deixar toalhas, protetor solar e todo o aparato dentro delas. E o mais impressionante para quem é brasileiro: ninguém rouba. No outro ponto mais frequentado, o porto, é um entre e sai de barcos a motor e à vela.
Outro bom programa é fazer uma caminhada pela Côte Sauvage (a costa selvagem, em português). São trilhas nos rochedos que margeiam o mar, num cenário de exuberância plena. No caminho, damos de cara ainda com o Dedo de Deus, uma pedra que parece indicar que aquele paraíso é mesmo obra divina.


https://picasaweb.google.com/alain7dhome/Bretanha

CIDADE FORTIFICADA A próxima parada, a 20 minutos de carro, é Concarneau, uma cidade marítima de aproximadamente 20 mil habitantes. A Ville close, a cidade fechada – um antigo forte, é hoje povoado de cafés, restaurantes e lojas que vendem produtos típicos.
De Concarneau para Pont-Aven, famosa pelas galerias de pintura e escolas de arte e também pelos crepes extraordinários e biscoitos caseiros. A arquitetura secular, lagos e jardins dão a ideia da hospitalidade da Bretanha. De dia ou de noite, o charme da cidade conquista pelo bom gosto e aconchego.
Se a vontade é comer frutos do mar, a parada obrigatória é Riec sur Belon, cidade cortada pelo Rio Belon e muita famosa na França pelas ostras enormes. Muitos restaurantes têm criatórios de ostras no próprio estabelecimento, sendo possível comê-las fresquinhas e a um preço bem acessível.
ATÉ O ASTERIX Depois de comer tanto, por que não dar uma volta pelo mundo dos quadrinhos? Pelo menos é assim que todos se sentem ao chegar à vila de chaumière (casas típicas feitas de colmo, na tradução em português), mais conhecida como a “aldeia do Asterix”, localizada a cerca de 6 quilômetros de Port-Manech.
Imperdível ainda é o pôr-do-sol, em qualquer um desses lugares. De Kerdruc é possível ver os últimos raios de sol iluminando o outro lado do Rio Aven, no porto do vilarejo de Rosbras. Ou ainda, curtir as últimas luzes do sol sentado nas areias da praia de Port-Manech, em frente ao antigo casarão que será um hotel, apreciando o azul inigualável do mar, um tom dourado indescritível refletido nas rochas e um grupo de amigos que chega num bote, munidos de champagne para brindar o aniversário de alguém que está em terra firme.

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